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A Capoeira

As Origens

As origens da capoeira são confusas e pouco claras. Uma auréola lendária envolve esta disciplina: uma história que fala de escravidão, colonização, ilegalidade e desejo de liberdade. Tais ingredientes, unidos à arte da música e da dança, só podem gerar um forte sentimento de ardor por esta forma de batalha, hoje conhecida em todo o mundo.

Apesar da dificuldade de rastrear certas origens devido à falta de documentos escritos, é inequívoco que a capoeira nasceu de uma mistura de ritual de batalha e dança de algumas tribos africanas, que foram importadas para o Brasil pelos colonizadores portugueses. em grandes plantações. A primeira semente para o nascimento da capoeira germinou realmente nesta disputa, nesses locais chamados sem-Alas, ou nos grandes dormitórios sem divisão onde os escravos se aposentavam após muito trabalho e onde viviam em condições muito precárias. Aqui a mistura de línguas, culturas e tradições que cada escravo carregava dentro de si deu vida a uma primeira forma de arte marcial, caracterizada sobretudo pela agilidade e precisão.

O verdadeiro desenvolvimento da capoeira, porém, ocorreu no período em que começaram as primeiras fugas dos oprimidos. Estamos na primeira metade do século XVII, quando nasceram as primeiras instalações denominadas “quilombos” em diversas áreas do Brasil, principalmente nas zonas serranas. A mais famosa dessas aldeias foi Palmares, em Pernambuco, considerada a primeira colônia de negros africanos livres no Brasil. Os “quilombos” eram aldeias multiétnicas, pois não só havia escravos negros fugitivos, mas também índios e colonizados europeus que escaparam das autoridades. A influência de diferentes culturas e movimentos trouxe verdadeiramente uma grande consolidação da capoeira.

Os primeiros documentos que citam essa técnica datam realmente desse período e datam de 1624. Tratam-se de relatos de líderes de expedições destinadas a capturar e trazer de volta fugitivos. Referem-se a uma forma particular de luta “empregando chutes e golpes na cabeça como se fossem animais reais e indomados”. Apesar das inúmeras expedições, os quilombos resistiram por muito tempo (quase cem anos), pois, ao lado de soldados experientes e bem armados, utilizaram como arma essa técnica de combate, que se tornou, portanto, um símbolo de liberdade.

Vídeo de Capoeira

Libertação e igualdade
Em 1888 foi promulgada a lei que proclamava a libertação dos escravos: um acontecimento de fundamental importância. Os problemas sociais, porém, não eram fáceis de resolver. As dificuldades de integração no tecido socioeconómico por parte dos ex-escravos levaram muitos deles a encontrar refúgio no “meio ambiente” e muitos outros a procurarem emprego em zonas portuárias como marinheiros e manobristas. Na cidade de Salvador, o local historicamente mais ligado à capoeira é o porto. É por excelência o local de troca não só de mercadorias, mas também de culturas (é interessante, por exemplo, notar ligações com o "savate", a batalha dos portos de Marselha, que antes de se tornar um desporto apresentava alguns aspectos muito semelhantes técnicas).
A capoeira foi, portanto, frequentemente associada à delinquência, e em 1892 foi proibida nacionalmente, por ser definida como “elemento de desestabilização social”. A prática da capoeira era, portanto, clandestina (daí o uso por cada capoerista de um apelido), ainda que sempre praticada e mantida viva em lugares secretos e escondidos.
Reconhecimento nacional e internacional
A legalidade da disciplina foi reafirmada na década de 30 do século XIX, quando as políticas nacionalistas do presidente/ditador Getúlio Vargas, na busca por uma disciplina para promover como esporte nacional, trouxeram de volta à luz a capoeira. Assim começa a chamada era das academias. Mestre Bimba, um dos mais importantes mestres da capoeira, após uma manifestação pública, recebeu permissão para abrir a primeira escola de capoeira com estilo de Batalha Regional da Bahia, por ele inventado. Começou então a ascensão e a afirmação: em 1974 a capoeira foi reconhecida como o esporte nacional brasileiro.

Existem muitos estilos de capoeira: na Bahia, principalmente dois. O estilo regional de Mestre Bimba, o primeiro a criar um verdadeiro método de ensino, é dominado por um ritmo rápido e movimentos elevados, onde predomina a verticalidade. Baseia-se principalmente no uso de chutes e é muito semelhante às artes marciais orientais. Em oposição a este estilo, Mestre Pastinha promoveu o estilo angular. Este, definido como tradicional, recupera a forma original, feita de movimentos mais lentos realizados mais no solo. A defesa é a principal arma deste estilo, cujos pontos fortes são, portanto, a expectativa, a surpresa, a agilidade e o reflexo.

O elemento comum em qualquer estilo de capoeira é a música, que está intimamente relacionada ao movimento, ao jogo e à espiritualidade. Para acompanhar a música, as cantigas: em língua portuguesa, provêm de um repertório muito vasto de canções tradicionais, muitas vezes composto por poucos versos. O instrumento simbólico é o berimbau, instrumento musical de cordas dedilhadas de origem africana. Com ritmo específico, o berimbau produz os sons que levam à formação da roda, ou círculo de pessoas formado pelos capoeiristas que se desafiam. A rodada de capoeira é o microcosmo que reflete o macrocosmo da vida e do mundo. A relação com a realidade é forte, todos os elementos que caracterizam as nossas relações no mundo se encontram nesta prática intensa: respeito, malícia, responsabilidade, provocação, competição e liberdade. Eles não são apenas elevados a símbolos, mas estão realmente presentes e concretamente se revelam. O diálogo através do corpo é real, as emoções que dele brotam são verdadeiras: nunca há um roteiro a seguir. A sua arte é a “mandinga” que reflecte a interioridade, uma visão do seu mundo, incompatível com a obrigação e a regulamentação. Assim como na vida: na capoeira, ao praticar, o que emerge é o que faz de cada homem um ser diferente e único.

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